sexta-feira, 20 de agosto de 2021

CONTOS E HISTÓRIAS INFANTIS

 O CURUPIRA




O curupira é o personagem de uma lenda do folclore brasileiro conhecido por ter pequena estatura e perseguir aqueles que entram na floresta para destruí-la.

A lenda do curupira

O curupira, de acordo com o que muitos relataram sobre a lenda, é um dos seres que mais causavam medo nos indígenas nos séculos passados. A descrição física desse ser afirma que ele teria corpo de meninobaixa estaturacabelos vermelhos e os pés ao contrário, isto é, com os calcanhares para frente. Além disso, esse também teria grande força física.

Essas características físicas fazem parte da versão mais conhecida dessa lenda, mas existem outras versões que apresentam o curupira com diferentes características. Existem aqueles que dizem o curupira seria careca e com olhos e/ou dentes verdes, por exemplo.

Esse ser aterrorizava os indígenas porque seria um defensor da floresta e, assim, voltava-se contra todos aqueles que entravam no mato para caçar animais ou derrubar árvores. Os indígenas acreditavam que o curupira poderia aterrorizar suas vítimas e, até mesmo, matá-las, além de acreditarem que corpos de seres humanos encontrados na floresta eram vítimas do curupira.

Os índios acreditavam e temiam tanto o curupira que muitos, quando iam entrar na floresta, prestavam oferendas para garantir o favor desse ser. A lenda fala que o curupira gostava muito de cachaça e fumo, mas existem relatos de que os indígenas ofereciam flechas, penas de aves, entre outros objetos.

A presença do curupira poderia ser notada por meio de um assovio constante e contínuo que atormentava aqueles que entravam na floresta. O detalhe é que aqueles que ouviam o assovio não conseguiam identificar de onde o som era emitido e também não conseguiam encontrar quem o emitia.

Muitos acreditavam que o curupira poderia assumir a forma de um animal para confundir o caçador e fazê-lo se perder no mato. O caçador avistava o animal, mas não conseguia capturá-lo e, na perseguição, acabava ficando perdido no meio da floresta. Todavia, muitos falam que o curupira só fazia isso contra os caçadores que caçavam por prazer. Aqueles que caçavam para atender suas necessidades básicas não eram incomodados pelo curupira.

Quem encontrasse o Curupira na floresta deveria amarrar um nó em um pedaço de cipó como forma de fugir desse ser. De acordo com a lenda, aqueles que procuram propositadamente encontrar o curupira nunca o encontrarão, porque seus pés ao contrário dão a esse ser uma importante vantagem: suas pegadas indicam uma direção, enquanto o curupira está, na verdade, indo na direção contrária.

A lenda narra que o curupira não gosta de estar em locais densamente povoados e, por isso, evita estar onde estão muitos humanos. O ambiente natural do curupira é a floresta e, por isso, os indígenas temiam tanto entrar nela. Por fim, uma última informação importante era o fato de que os indígenas não adoravam o curupira, apenas o temiam.



SACI PERERÊ




A lenda clássica e mais popular do saci fala que ele é um ser pequeno (com cerca de meio metro de altura). Além disso, é negro, possui apenas uma perna e locomove-se pulando pela selva, tem os olhos vermelhos ou não (de acordo com a versão), é careca e usa um gorro vermelho em sua cabeça. A representação clássica do saci frequentemente mostra-o fumando um cachimbo.

A imagem clássica de saci coloca-o como um menino travesso. É um ser agitado e, por isso, realiza brincadeiras pelos locais que passa. Algumas de suas travessuras mais comuns, conforme a lenda, são o ato de sugar o sangue dos cavalos e o de amedrontá-los e afugentá-los durante a noite. Uma sinal comum de que o saci havia atormentado os cavalos é o nó que deixa na crina deles.

Outra travessura muito comum cometida pelo saci é atormentar viajantes que atravessam a floresta durante a noite. Ele assovia um som estridente, e difícil de ser localizado, nos ouvidos desses. O objetivo do assovio é atormentá-los, e, além disso, comumente realiza outras travessuras, como estragar o freio das carroças, derrubar os chapéus dos viajantes ou desafivelar o loro que fazia parte do arreio do cavalo.

Saci é o responsável por desaparecer com pequenos objetos, estragar a comida, apagar lamparinas, abrir porteiras durante a noite, promover uma ventania que suja as casas, assustar crianças durante o sono etc. Por essas e outras travessuras é que esse personagem é entendido, por muitos do interior do Brasil, como um personagem maléfico.

As lendas também falam que, para capturá-lo, é necessário jogar uma peneira no meio de um redemoinho. Aquele que o captura deve retirar seu gorro, e, com isso, o saci perde seus poderes sobrenaturais. Em seguida, deve ser preso em uma garrafa, e então uma cruz deve ser desenhada nela para impedir que ele fuja.

Por fim, a lenda do saci fala que ele vive por 77 anos. Depois desse tempo, ele se transforma em um cogumelo venenoso ou em outro cogumelo conhecido como “orelha-de-pau”.

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